António Osório de Castro nasceu a 1 de agosto de 1933 em Setúbal.
Licenciou-se em Direito e foi Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1984 e 1986, administrador da Comissão Portuguesa da Fundação Europeia da Cultura e presidente da Associação Portuguesa para o Direito do Ambiente.
Mesmo antes de publicar a sua primeira obra, A Raiz Afetuosa, encontramos o nome de António Osório na revista Anteu (1954), à qual também se encontram ligados nomes como Cristóvão Pavia ou Pedro Tamen.
A poesia de António Osório
Importa considerar um enquadramento geracional anterior à década de 70 para António Osório. Carateriza-se a sua poesia por um grande equilíbrio verbal que não exclui uma motivação que a acaba não raro de a aproximar de uma certa referencialidade.
Com efeito, o papel - necessariamente diferido - que a referência desempenha na sua poesia é muito importante. Nela ganha especial relevo a atenção prestada às coisas, ao mundo natural, ao quotidiano.
Há, nos seus poemas, um envolvimento perceptivo que conduz à inventariação dos múltiplos aspetos da realidade.
No entanto, nestas referências, deve-se considerar o papel que a própria subjetividade do poeta desempenha, envolvendo emocional ou sentimentalmente a própria revelação da realidade. Por isso, as coisas acabam por ganhar nesta poesia uma dimensão existencial.
Os temas
Os temas, como que desenvolvidos metonimicamente, do amor, da morte, da vida familiar, são recorrentes. Apesar deste envolvimento sentimental, não se pode falar, como o notou já Joaquim Manuel magalhães, numa «sentimentalização», mesmo quando António Osório recorre ao texto autobiográfico, o que acontece em «Entrevista Apócrifa», incluindo em Décima Aurora (1982).
É também autor de um ensaio, A Mitologista Fadista (1974).
Obras publicadas
- A Raiz Afectuosa (1972)
- A Ignorância da Morte (1978)
- O lugar do Amor (1981)
- Décima Aurora (1982)
- Adão, Eva e o Mais (1983)
- Planetário e Zoo dos Homens (1990)
- Casa das Sementes (2006)
- A Luz Fraterna (2009)
Prémios Literários
- Prémios Prémio Literário Município de Lisboa (1982, 1983)
- Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1991)
- Prémio Autores de 2010
A obra mais conhecida de António Osório é Planetário e Zoo dos Homens.
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