António Correia de Oliveira ou António Corrêa d’Oliveira foi um poeta português, tendo sido indicado para prémio Nobel pela Academia Real das Ciências por diversas vezes.
Biografia
Nasceu em São Pedro do Sul (distrito de Viseu) em 30 de julho de 1878 e faleceu com 81 anos em Belinho, Antas, Esposende, no dia 20 de fevereiro de 1960.
Estudou no Seminário de Viseu, seguindo depois para Lisboa, onde trabalhou brevemente como jornalista no Diário Ilustrado. Foi companheiro de Raul Brandão e sofreu a influência literária de Antero de Quental e Guerra Junqueiro. Em 1912, já casado, instalou-se na freguesia das Antas, concelho de. Esposende, ficando a viver na Quinta do Belinho até ao fim dos seus dias.
Publicou dezenas de obras obras durante mais de seis décadas, a primeira das quais, Ladainha, em 1897, quando tinha apenas 16 anos..
Estilo Literário
Poeta neogarrettista, foi um dos cantores do Saudosismo, juntamente com Teixeira de Pascoaes entre outros. Esteve ligado aos movimentos culturais do Integralismo Lusitano e das revistas Águia, Atlântida (1915-1920), Ave Azul (1899-1900), e Seara Nova. De Correia de Oliveira também se encontram colaborações nas revistas O Occidente (1877-1915), Serões (1901-1911), Contemporânea (1915-1926), Revista de turismo iniciada em 1916, no periódico O Azeitonense (1919-1920) e ainda nas revistas Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal (1939-1947) e Prisma (1936-1941).
Obras publicadas
- Ladainha (1897, Lisboa, Typ. Do Commercio)
- Eiradas (1899, Lisboa, Antiga Casa Bertrand - José Bastos)
- Cantigas (1902, Lisboa, Livr. Ferin)
- Raiz (1903, Coimbra, França Amado)
- Ara (1904, Lisboa, Livraria Ferreira)
- Parábolas (1905, Lisboa, Ferreira de Oliveira)
- Tentações de San Frei Gil (1907, Lisboa, Ferreira & Oliveira)
- O Pinheiro Exilado (1907, Lisboa, Livraria Ferreira; Typ. Do Annuario Commercial)
- Elogio dos Sentidos (1908, Porto, Magalhães e Moniz)
- Alma Religiosa (1910, Porto, Magalhães e Moniz)
- Dizeres do Povo (1911, Esposende, Typ. De José da Silva Vieira)
- Auto das Quatro Estações (1911, Lisboa, Cernadas)
- Romarias (1912, Porto)
- Vida e História da Árvore (1913, Belinho)
- A Criação (1913, Viana, Typ. Modelo)
- Menino (1914, Paris; Lisboa, Aillaud e Bertrand)
- Os teus Sonetos (1914, Lisboa, Livr. Aillaud e Bertrand)
- A Minha Terra (1915-1917, 10 volumes)
- A Alma das Árvores (1918, Rio de Janeiro; Paris; Lisboa, Francisco Alves, Aillaud e Bertrand)
- Estas Mal Notadas Regras (1918)
- Pão nosso. Alegre vinho. Azeite da candeia. (1920, Lisboa, Portugalia Editora)
- Na Hora Incerta (1920-1922, Porto, Tip. Costa Carregal)
- 1.º livro: É portugal que vos fala (1920)
- 2.º livro: Viriato Lusitano (1920)
- 3.º livro: Auto do Berço (1920)
- 4.º livro: O Santo Condestável (1921)
- 5.º livro: A Fala que Deus nos Deu (1921)
- 6.º livro: A Nau Catrineta (1922)
- 7.º livro: A Terra do Paraíso (1922)
- Verbo Ser e Verbo Amar (1926, Lisboa, Livr. Aillaud & Bertrand)
- Os Livros do Cativeiro (1927)
- Teresinha "(1929, Porto, Imprensa Moderna)
- Trabalho (1931, Barcelos, Comp. Editora do Minho)
- Mare Nostrum (1939, Porto, Acção Social da Legião Portuguesa)
- História Pequenina de Portugal Gigante (1940, Barcelos, Companhia Editora do Minho)
- Aljubarrota ao Luar (1944)
- Saudade nossa (1944, Lisboa, Neogravura)
- Redondilhas (1948, Porto, Liv. Figueirinhas)
- Deus-menino para o lar da criança portuguesa (1953)
- Pátria (1953, Porto, Liv. Tavares Martins)
- Azinheira em Flor (1954)
- Natal Deus-Menino (1960, Porto)
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