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Orlando Neves

Orlando Neves (13/9/1935, Portalegre – 24/01/2005), foi um poeta, escrito, tradutor e dramaturgo português.     Biografia de Orlando Neves Nasceu em Portalegre, mas fez o ensino primário em Lisboa e nas Caldas da Rainha. O ensino secundário foi feito em várias cidades: Lisboa (Liceu Gil Vicente); Porto (Liceu D. Manuel II); Guimarães (Liceu Nacional de Guimarães) e finalmente no Porto no já referido Liceu D. Manuel II. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1958, com apenas 22 anos de idade. Foi jornalista, mas também tradutor, locutor e produtor radiofónico, diretor literário, encenador, autor e apresentador de programas de televisão. Entre outros obteve o Prémio Florbela Espanca 1988 com Regresso de Orfeu , Prémio Oliva Guerra 1989 com Odes de Mitilene , Prémio João Penha, como ficcionista, com Rua do Sol, contos (1992).   Orlando Neves revela-se como poeta em 1959 Poeta, ficcionista e dramaturgo, além de autor de livros infantis e de crónicas, r
Mensagens recentes

Isabel da Nóbrega

Isabel da Nóbrega é o nome literário de Maria Isabel Guerra Bastos Gonçalves, escritora portuguesa nascida em Lisboa, em 26 de junho de 1925.     Fez os estudos secundários em Lisboa. Colaborou com vários jornais e revistas, sobretudo com crónicas, que também tem escrito para a televisão e para a rádio. Romancista e contista, começou por publicar a «narrativa» Os Anjos e os Homens (1952), mas consagrou-se perante o público e a crítica com o romance Viver com os Outros (1964). Trata-se de uma história sem história, por assim dizer, bastante influenciada pelo chamado nouveau roman francês ao recusar (pelo menos aparentemente) a análise psicológica das personagens e ao sobrevalorizar o frio descritivismo de factos e objetos, situações e instantes. Esta pretensa objetividade da narrativa é obtida através de uma técnica original: o registo por um gravador de som de conversas tidas entre várias pessoas ao longo de um serão. A mesma técnica é retomada na coletânea de contos Sol

Ferreira de Castro

 José Maria Ferreira de Castro (24/05/1898, Oliveira de Azeméis — 29/06/1974, Lisboa).     Biografia de Ferreira de Castro Ferreira de Castro, aos oito anos perdeu o pai e aos doze emigrou para o Brasil, com as escassas luzes da instrução primária e uma grande vontade de vencer. Aportou em Belém do Pará, de onde seguiu para a floresta amazónica e aí trabalhou como um adulto no seringal Paraíso, na margem do rio Madeira. Travou conhecimento com a miséria, com o sofrimento, com a degradação de homens encarados por outros quase como animais. Foi essa rica e tumultuosa experiência que lhe permitiu vir a escrever A Selva .     A luta pelo sustento diário Quando quatro anos depois Ferreira de Castro tornou a Belém, teve de lutar pelo sustento diário e assim se sujeitou a afixar cartazes nas paredes da cidade e a fazer várias tarefas a bordo de navios. Ao mesmo tempo exercitava-se na escrita. Aos catorze anos redigia o seu primeiro romance e tanto teimou que conseguiu ed

Amadeu Vasconcelos

Padre Amadeu Cerqueira de Vasconcelos (1879-1952) Sob o pseudónimo de Mariotte , edita em Paris, no ano de 1913, a partir de Agosto,  Os Meus Cadernos , um dos primeiros textos portugueses que reflete a doutrina de Maurras e influencia o movimento do Integralismo Lusitano.  Foram editados até 1916, com uma segunda série em 1919, no Porto, e um terceira entre 1923 e 1925, em Lisboa.  Em 1917 já critica fortemente o integralismo e António Sardinha em Nacionalismo Rácico no Integralismo Lusitano, falando na tese de Sardinha como uma enciclopédia de asneiras por causa do misticismo étnico do Homo Atlanticus que Sardinha considerava como o antecessor da raça portuguesa.  Escreve em 1944, A Idade Maçónica .  

José Régio

José Régio (17/9/1901, Vila do Conde - 22/12/1969, id.) foi um poeta, escritos, dramaturgo, romancista, cronista, muito ligado à fundação da revista Presença, da qual foi diretor.     Biografia de José Régio O seu verdadeiro nome é José Maria dos Reis Pereira e com este nome assina o primeiro livro que publica, As Correntes e as Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa (1925), o qual é a sua tese de licenciatura em Filologia Românica e que, em 1941, será reeditada com importantes alterações e com um novo título: Pequena História da Moderna Poesia Portuguesa . Frequenta e termina o seu curso na Faculdade de Letras de Coimbra, cidade onde permanece até 1927, sendo aí que se constitui o grupo de escritores que está na origem da publicação da revista Presença (1927¬-1940). José Régio foi um dos seus diretores. Em 1929 é colocado como professor liceal em Portalegre. Em 1962 reforma-se e passa a viver na cidade onde nascera.   O primeiro livro de poesia O primeiro livro de poesia, que

Fialho de Almeida

  José Valentim Fialho de Almeida (7/7/1857, Vila de Frades – 4/3/1911, Cuba, Alentejo) Filho de um ex-caixeiro oriundo da Beira Baixa tornado mestre-escola e pequeno proprietário no Baixo Alentejo. Fialho é profundamente marcado, desde a primeira infância, quer pela sua origem social humilde quer pela paisagem alentejana. Em 1866 é mandado para Lisboa, para um colégio interno. onde fica durante seis anos. Por dificuldades económicas da família, trabalha como praticante e empregado de boticário numa farmácia do Largo do Mitelo, ao Campo de Sant' Ana, situação de que nos dá conta em impressionante evocação num texto autobiográfico: «Em 72 deixei o colégio. porque a nossa situação pecuniária, em vez de melhorar. tendia a decair, e aí vou eu apodrecer numa botica, sete anos (…) A botica para mim teve a vantagem de me pôr em contacto absoluto com o povo, de me mostrar a existência dos bairros pobres, numa cidade onde o operário envelhece sem a menor ideia de conforto (…) Durante es

Julião Quintinha

Julião Quintinha (Silves, 9 de dezembro de 1886 - Lisboa, 23 de julho de 1968) foi um jornalista e escritor português que desempenhou papel fundamental à frente das associações que estiveram na origem da Casa da Imprensa de Lisboa.     Biografia de Julião Quintinha Julião Quintinha nasceu no Algarve, em Silves, no dia 9 de dezembro de 1886. Começou a trabalhar em tenra idade, como operário, numa fábrica na cidade onde nasceu. Mais tarde aprende o ofício de alfaiate, abrindo estabelecimento em Silves. E essa será a sua ocupação exclusiva até à implantação da República.   Começou a colaborar com jornais, inicialmente nos periódicos republicanos locais e depois como correspondente de jornais mais abrangentes. Era um devoto republicano, fazendo até propaganda a favor dessa causa, participando ativamente em comícios. Esta circunstância permitiu-lhe o contacto com os mais conhecidos homens de letras de Portugal, particularmente os que eram ligados ao Partido Republicano.